"Gastei uma hora pensando num verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
Inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
invade minha vida inteira."
|Drummond|
Já podaram seus momentos
Desviaram seu destino
Seu sorriso de menino
Quantas vezes se escondeu
Mas renova-se a esperança
Nova aurora, cada dia
E há que se cuidar do broto
Pra que a vida nos dê
Flor flor o o e fruto
Há que se cuidar da vida
Há que se cuidar do mundo
Tomar conta da amizade
Alegria e muito sonho
Espalhados no caminho
Verdes, planta e sentimento
Folhas, coração,
Juventude e fé.
03 - Editorial
04 - Poesia
07 - Jazz em série
08 - Boteco do Haroldo
09 - Cruzada Cultural
10 - Lado C: Interney
11- Opinião: Alisson da Hora
12 - Entrevista: Pitty
17 - Projetos Culturais: DIAHUM
19 - Zodíaco
20 - Contos
22 - Opinião: Letícia Losekann Coelho
Créditos de Imagens
Pitty:
Capa - Caroline Bittencourt
Super8 - Rafael Kent
Demais imagens - arquivo Pitty
DIAHUM: Todas as imagens fazem parte do acervo de DimitriBR.
Demais imagens: anunciantes ou acervo Novitas.
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Meu pai, você se lembra quando cheguei ao mundo? Você me pegou em seus braços com aquele carinho paterno e ainda trago guardado em meu coração aquele calor que
aquece e protege.
Hoje pai, sou um homem vitorioso, pois graças aos seus ensinamentos
tenho uma vida digna e honesta.
Obrigado por tudo que fez por mim.
Você sempre esteve ao meu lado nos bons e maus momentos,
e te agradeço de coração.
Que os anjos iluminem o seu caminho, hoje e sempre.
Querido pai, feliz aniversário
Não consigo mais dormir Sua voz é emitida a cada instante Dentro da minha cabeça
Você é minha droga ilícita Sou um paciente com estado grave A beira de uma overdose de amor
Não consigo mais viver Sem olhar nos seus olhos Beijar tua boca me faz bem E a troca de sorrisos Faz meu ar ficar mais puro
Eu sei que no calor dos meus braços Você se sente segura A cada dia a gente envelhece Mas o que queima mesmo È aquele amor a primeira vista
Somos micro partículas agarrados Um ao outro dentro de um átomo Somos o romance de Shakespeare E a paranoia de Freud
Você é aquela velha bossa de tom Você é meu samba nacional Ô meu anjo deixa nosso amor rolar Para que quando velhinhos possamos tomar chá Lembrando da nossa vida Que foi a verdadeira arte de amar.
A música toca no player. A luz apagada, a chuva despencando lá fora entre as gotas de saudade e algumas lágrimas que encontram o passado e brincam com o presente... Algumas outras fumaças que se misturam a canção, algumas outras vozes encontrando o coração. Um chá, um cigarro, uma música e tanta saudade acumulada brincando de contrabaixo, de sons e toques de amizade... A canção vai descrevendo momentos que aconteceram do outro lado da saudade, e em algum lugar um pretérito cantando as grandes recordações de um tempo privilegiado. E nesse lado, nesse tempo, presente inexplicável, porém perceptível...
Tudo isso descende de uma velha lembrança, que guardamos em um velho coração de criança. Lembranças que se mistura com o cair da noite, esperando o levantar do sol que vem a nascer e morrer no único dia... E sigo, recordando a saudade sentida num fone e num microfone de risadas, de lágrimas... Enfim, assim levando o prazer e deixando a emoção vir à tona por uma única canção, da qual se torna uma máquina do tempo nos transportando para o passado e o presente de um consolo ainda ausente.